27 novembro 2008

2ª parte da palestra de Dom Alberto Taveira

"Na diversidade das cores há unidade!"
Oi!
Como prometi, segue a segunda parte da rica formação de Dom Alberto Taveira.
Nesta parte ele vem nos falar da unidade, dos desafios, e do conhecimento que vamos tendo ao longo da nossa caminhada, o importante é o autoconhecimento que vamos tendo enquanto caminhamos, como nos descobrimos, sabe o que é interessante é como o outro nos ajuda a perceber o que somos e o que fazemos.
Possamos nos deixar amar e conhecer deixe cair as nossas barreiras, e sem medo possamos seguir em frente com o coração alegre e segurando na mão do irmão que Deus sempre coloca no nosso lado.
Aproveitem essa parte ela é bem legal principalmente para nós que buscamos viver um amor real traduzido em atos e também nos auto-conhecer.
Não se esqueçam de deixar seus comentários!

Por Mª Auxiliadora.

A Via Unitiva


Uma vez que Deus obteve o que desejava começou o namoro, têm as brigas, mas depois se entendem. Quando a alma era mais grosseira, e agora se torna mais sensível ao sobrenatural, Deus tira as provações e a alma entra em um novo estado e pergunta a si mesma: "porque eu tive aquele problema antes?" Nem mesmo sabe quando eles desapareceram. Nesse momento, voltamos a nos doar muito a Deus com atividades incessantes. As pessoas em torno se convertem, inteiras comunidades cristãs se convertem, são muitos frutos para a glória de Deus. Mas se alma cresce por outro lado apareceram muitas evidências, muitos defeitos ocultos que podem constituir um empecilho para sua união com Deus e para seu amor ao próximo. Por isso, essa planta que é a alma, logo que começa a produzir frutos é podada pelo agricultor que é Jesus.

Quando a gente passa pela dificuldade, então entendemos o quanto Deus trabalha conosco. É que Deus não é o único movente da nossa vida, todas as nossas forças eram doadas, a gente não pode fazer mais do que faz, mas o que acontece e que há muito dentro de nós que é humano, aí surgem algumas provações típicas deste período, por exemplo: uma prova que faz sofrer muito, as incompreensões das pessoas com que se trabalha. Como é possível?... Nós nos lançamos tanto e essas pessoas que foram tão ajudadas, vêm nos criticar...

A não compreensão da situação pode provocar uma reação de aspereza. Quando somos atingidos pelo julgamento ao invés de reconhecermos que no que fazíamos havia uma mistura de amor e egoísmo, nós corremos o risco de revidar as críticas; é a tentação de nos fecharmos em nós mesmos, de não mais aceitarmos este ambiente e querer se retirar, isto poderia frear nossa caminhada espiritual, mas Deus permite tudo isso para nosso bem. Outra provação vem das vezes que nos doamos muito, mas não vemos os frutos, porque na realidade a nossa linguagem é pouca imbuída de Deus toca só na superfície, não em profundidade, ou pelo menos, pode parecer assim. Pode haver o perigo do desânimo e aí você põe a culpa em inúmeras circunstâncias externas.

Outra prova é a impressão de que os superiores não compreendem toda sua boa vontade, também essa dor nasce dessa parte de amor próprio ainda vinculado ao que de bom se está realmente fazendo, a alma realmente se doou, Deus, no entanto, deseja elevá-la a um plano superior, trata-se de ir além do ativismo e descobrir que existe um mundo diferente além de tudo isso. É preciso saber colher essas graças de Deus que são realmente grandes, caso contrário, poderemos permanecer parados durante anos. Geralmente, as provações vêm de numa pessoa que já trabalhou a serviço de Deus, não de uma pessoa que não fez nada, pois de quem não fez nada, Deus não pode pedir nada, Ele pede de quem fez.

Se superar essas dificuldades começaremos a perceber que Deus nos chama para uma maior união com Ele, compreendemos que as críticas que nós recebíamos não são de todo infundadas, elas vêm purificar o que havia de humano no nosso apostolado.

Também neste caso a purificação necessária acontece com a unidade e o amor aos irmãos. No primeiro tempo, no amor aos irmãos encontramos mortificações, depois esse amor nos permite superar as primeiras provações, por fim, as verdades ditas por esses irmãos eliminam os defeitos que não percebemos e nem imaginamos ter. Isso é muito importante, especialmente para uma pessoa muito fértil de idéias, iniciativas e inclinada a fazer muitas coisas. Ela deve ouvir o próximo, trocar as próprias idéias, fazer uma boa purificação da mente, da vontade e do coração. O amor ao próximo é mais uma vez, o melhor caminho para purificar-nos, sozinho não conseguiremos, se compreendermos que no irmão que nos diz a verdade com relação aos nossos defeitos, está Jesus que nos purifica, se reconhecermos como certo o que Ele nos diz, ainda que seja muito doloroso, acontecerá que a verdade nos libertará e os próprios defeitos desaparecerão.
 
Baseado em uma palestra dada por Dom Alberto Taveira.

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