04 dezembro 2008

Segunda parte do texto a Via Unitiva.

                                                                          Olá!

Como prometido estou postando mais uma parte da interessante palestra do nosso querido Dom Alberto. Nesta parte da formação eu tive que dividir em duas se você é um leitor atento vai perceber que essa é o final da ultima postagem que se tem por A Via Unitiva.

Minha gente nesta parte ele fala muito sobre o que somos e o que buscamos! É muito forte quando ele nos fala:

Amar o próximo, procurar essa presença na vida comunitária, viver o momento presente, abraçar e amar a Cruz, eis a estrada mestra para todos os momentos da nossa vida.

Como às vezes é difícil colocar o amor em pratica, principalmente quando temos que assumir não só os nossos erros, mas também o do outro e ser capaz da amar e aceitar como o coração grande sem esperar receber nada em troca. Parece utopia, mas não é. Ele também nos diz que se buscamos na oração na intimidade com Deus conseguiremos ao menos tentar ser referencia de amor para os outros.

Aproveitem essa reflexão tão boa e não se esqueçam de deixar seu comentário, ele o seu comentário nos é muito importante!

                                                                                               Postado por Mª Auxiliadora Nicolau


A Via Unitiva...Parte 2.



É preciso manter a união fraterna mesmo quando nos sentimos criticados e julgados, se por acaso alguma coisa que os outros pensarem de nós não for verdade, cairá por si mesmo, justamente porque o amor e a união fraterna tornam vivo e real somente o que se harmoniza com a verdade de Cristo.


Quando alguém não se sentir compreendido pelos irmãos, é a hora em que devemos amar mais o próximo, pois eles vêem o que não vemos. É inútil considerar-se incompreendido, esse tipo de comportamento não dá fruto nenhum. Quem quer chamar a atenção desta maneira não gera nada, os outros nos trazem, através de sua voz, as advertências de Deus. É no amor ao próximo e a todos os irmãos que nos tornamos objetivo e encontramos a nós mesmos e o lugar onde nós devemos estar. De outra maneira, poderemos correr o perigo de nos isolar e criar um mundo no qual encontramos uma unidade com Deus e com um círculo restrito de pessoas, daí você vai querer viver só com aqueles que lhe apóiam e lhe compreendem, fica aquela turminha que só bate palma e você se iludindo.

É preciso estar atento, estas provações poderão sobreviver na alma que já se acha avançada espiritualmente, mas ela pode sucumbir sob a tentação de parar; quanto mais íntima for a comunhão com Deus, maior será a comunhão com o próximo, se tivermos uma união com Deus que nos isole do próximo, de certo, não vivemos uma autêntica vida espiritual. Amar o próximo, procurar essa presença na vida comunitária, viver o momento presente, abraçar e amar a Cruz, eis a estrada mestra para todos os momentos da nossa vida.

Superada esta fase a alma se torna mais delicada, afinada, produz muitos frutos, em torno dela há muito florescimento, às vezes basta uma saudação, uma simples palavra para que os outros sintam a presença do divino no mundo. Lembremos de João Paulo II, quanta provação, quanta dificuldade e mesmo depois de morto ele pregava, todos ficamos pendurados nos acontecimentos dos seus últimos dias; nos últimos tempos ele nem conseguia olhar direito para os outros, e o fato dos jovens irem à praça de são Pedro foi muito significativo, ele transpirava a presença de Deus, bastaria uma saudação para que os outros sentissem a presença de Deus. Não que as provações tenham terminado, porém a pessoa já se esqueceu tanto de si mesma, já foi completamente tomada pela vida de Deus, pelo amor ao próximo, pelo apostolado, as purificações não se devem tanto aos defeitos, mas ao fato de que Deus quer a alma desapegada de tudo que faz.

É a essa altura a pessoa compreende que só Deus vale e o resto não mais importa, não importa se é bem tratada ou não, se está doente ou tem saúde, se pode trabalhar ou não, se as suas obras são bem interpretadas ou não, para ela conta somente o que pertence à glória de Deus, ela ama a Deus e ao próximo precedido daquilo que pode acontecer; só interessa para ela a glória de Deus.

Dado esse passo, após todos os anos de preparação, a pessoa chega à plenitude da vida espiritual, mesmo que nunca seja possível viver o amor puro, esta atitude da alma pode de tornar dominante e preponderante em todas as suas ações, isto também está vinculado ao amor ao próximo, à medida que você progride no contato com Deus, o amor e o interesse pelos problemas da humanidade se ampliam e se universalizam.

Pense numa Madre Teresa de intensíssima união com Deus, as comunidades dela são adoradoras. Uma jornalista perguntou para ela: "a senhora não acha que podia colocar todas suas forças para resolver os problemas do desenvolvimento, mas só fica tratando de gente doente, caída na rua?" Então, ela olhou para ela na maior singeleza e disse: "Se você sabe fazer isso, faça, eu não sei, só sei cuidar de quem está na rua". Chegou um ponto que aquela união com Deus era segura. Ela morreu em 1997 e foram 50 anos de noite escura se sentindo abandonada por Deus, descoberto em seu diário, após sua morte. Às vezes, a gente passa três dias e acha que vai perder tudo.

Quando você está afinado com Deus os problemas da Igreja de tornam seus, você senti as coisas da Igreja, da humanidade, é por isso que a gente vê que os santos se identificavam com os problema da época oferecendo soluções que são espirituais e sociais, a inserção em Cristo sempre mais profunda leva as almas a se sentirem cada vez unidas a toda humanidade. Cristo se torna o Alfa e o Ômega da nossa vida espiritual, é lá que nós queremos chegar, e é bom não perder a referência do ponto de chegada, não importa o passo em que nós estejamos, mas caminhar nesta direção. É claro que o que eu coloquei aqui é muito esquemático, nem sempre é assim, mas penso que é uma ajuda para nós identificarmos essas coisas acontecendo em nossas vidas.

Baseado em uma palestra de D. Alberto Taveira Coréia em Palmas, 06 de junho de 2005.

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